sábado, 29 de maio de 2010

Conhecendo o continente africano

MAPA DA ÁFRICA















LOCALIZAÇÃO E POSIÇÃO GEOGRÁFICA

A África é um grande continente, com pouco mais de 30 milhões de quilômetros quadrados. É cercada pelos oceanos atântico no oeste e pelo oceano Índico no leste, também é banhada pelos mares Mediterrâneo no norte e o mar Vermelho no nordeste. É o único continente do mundo cortado por três importantes paralelos, o Equador e os trópicos de Câncer e de Capricórnio, apresentando grande diversidade climática e botânica. Seu extenso litoral, com mais de 27 mil quilômetros, é muito regular, com poucos recortes e ilhas.

ASPECTOS NATURAIS( RELEVO, HIDROGRAFIA, CLIMA, VEGETAÇÃO)

A base geológica do relevo africano é muito antiga, o que explica as pequenas altitudes, é um dos mais baixos continentes do mundo, com uma altitude média de cerca de 350 metros. Predominam os planaltos. A hidrografia do continente é pobre, devido à presença de extensas áreas com climas áridos e semi-áridos. Destacam-se poucos rios de grandes extensões, dentre eles o Nilo é o mais importante, há numerosos rios temporários nas regiões áridas.

O clima do continente é bem diversificado e é determinado principalmente pelas baixas altitudes e pela predominância de baixas latitudes, as médias térmicas mantêm-se elevadas durante todo o ano, exceto nos extremos norte e sul, e nos picos das mais elevadas montanhas. Algumas correntes marítimas interferem no clima das áreas litorâneas.

Costuma-se dizer que a vegetação africana é um espelho do clima, já que as paisagens organizam-se e distribuem-se pelo espaço geográfico de forma muito parecida com os tipos climáticos. Partindo do Equador, encontramos a floresta equatorial, que ocupa a parte central do continente, é uma formação densa e diversificada, sempre verde, semelhante à Amazônia brasileira. Em seguida, vêm as savanas, compostas por arbustos e árvores de pequeno porte, as estepes ficam entre savanas e os desertos, são constituídas essencialmente por gramíneas e arbustos ressecados. Nos desertos, pode haver oásis onde se desenvolvem palmáceas, arbustos e gramíneas, e por último nos extremos do continente, há maquis e garrigues, são formadas por plantas xerófilas, gramíneas e arbustos.

O continente africano enfrenta alguns problemas ambientais, agravados pelo crescimento da população, pelo alto grau de pobreza e pela urbanização acelerada, o problema que mais se destaca é a escassez de água causada pela grande extensão de áreas com climas áridos e pela pobreza da hidrografia. Em quase todo continente africano é difícil obter água potável, isso é observado em locais de muita pobreza, aspecto que caracteriza quase todo o continente, em geral, a população tem acesso a água sem tratamento, mesmo nas grandes cidades, o que contribui para a disseminação de doenças. Outro grave problema ambiental é o uso de técnicas agrícolas ultrapassadas, como as queimadas. A maior parte da população da África que pratica a pecuária e a agricultura de subsistência usam as queimadas para limpar os terrenos antes de plantar. Além de destruírem os nutrientes do solo e seus microrganismos, as queimadas o ressacam, retirando sua umidade natural. Outro grave problema ambiental é o uso de técnicas agrícolas ultrapassadas, como as queimadas. A maior parte da população da África que pratica a pecuária e a agricultura de subsistência usam as queimadas para limpar os terrenos antes de plantar. Alem de destruírem os nutrientes do solo e seus microrganismos, as queimadas o ressacam, retirando sua umidade natural.


MAPA CLIMÁTICO DA ÁFRICA













POPULAÇÃO AFRICANA

A população da África é de mais de 800 milhões de habitantes, distribuídos em 54 países e representando cerca de um sétimo da população do mundo. Apesar de ser o terceiro continente em extensão territorial, a Áfríca é relativamente pouco povoada. Abriga pouco mais de meio bilhão de habitantes - população menor que a de países como a China e a Índia -, cifra que lhe confere uma densidade demográfica semelhante à brasileira: 20 habitantes por quilômetro quadrado. Esses dados são estimados, pois os obstáculos oferecidos pelo meio natural e o subdesenvolvimento que caracteriza o continente tornam impossível recensear todos os habitantes do território africano, muitos dos quais vivem em tribos inteiramente isoladas do mundo moderno.Essa pequena ocupação demográfica encontra explicações nos seguintes fatores:

A população africana caracteriza-se também pela distribuição irregular. O vale do Nilo, por exemplo, possui densidade demográfica de 500 habitantes por quilômetro quadrado, enquanto os desertos e as florestas são praticamente despovoados. Outros pontos de alta densidade são o Golfo da Guiné, as áreas férteis em torno do Lago Vitória e alguns trechos no extremo norte e no extremo sul do continente. As regiões das savanas, de maneira geral, são áreas de densidades demográficas médias.Poucos países africanos apresentam população urbana numericamente superior à rural; entre os que se enquadram nesse caso estão Argélia, Líbia e Tunísia.

ETNIAS

A maior parte da população africana é constituída por diferentes povos negros, teoria que implica manifestações de preconceito racial em outros continentes como América e Europa, por exemplo, mas há expressiva quantidade de brancos, que vivem principalmente na porção setentrional do continente, ao norte do Deserto do Saara - por isso mesmo denoninada África Branca. São principalmente árabes, egípcios e bérberes, entre os quais se incluem os etíopes e os tuaregues; aparecem ainda, embora em menor quantidade, judeus e descendentes de europeus. Estes últimos estão presentes também, na África do Sul e são em sua maioria originários das Ilhas Britânicas e dos Países Baixos. Ao sul do Saara temos a chamada África Negra, povoada por grande variedade de grupos negróides que se diferenciam entre si principalmente pelo aspecto físico, mas também por diferenças culturais, como as religiões que professam e a grande diversidade de línguas que falam. Os grupos mais importantes são: sudaneses, Bantos, nilóticos,pigmeus, bosquímanos e hotentores. Além dos negros e dos brancos, encontramos na África os malgaxes, povo de origem malaia que habitou a ilha de Madagáscar e os indianos trazidos pelos colonizadores ingleses para a àfrica Oriental, além de um pequeno número de imigrantes chineses.
Mulher khoisan de Botswana


Mulher com tradicional
vestimenta queniana.


RELIGIÃO
Em correspondência com os diferentes ramos étnicos-culturais, encontram-se na África três religiões principais: o islamismo, que se manifesta sobretudo na África Branca, mas é também professado por numerosos povos negros; o cristianismo, religião levada por missionários e professada em pontos esparsos do continente; o animismo, seguido em toda a África Negra. Esta última corrente religiosa, na verdade, abrange grande número de seitas politeítas, que possuem em comum a crença na força e na influência dos elementos da natureza sobre o destino dos homens.


POBREZA E MISÉRIAS NA ÁFRICA
O continente se caracteriza pela presença da fome, realidade que aumenta a cada dia. Os países que mais sofrem com a fome são: Etiópia, Somália, Sudão, Moçambique, Malavi, Libéria e Angola. Segundo estudo realizado pela ONU (Organização das Nações Unidas), cerca de 150 milhões de pessoas africanas não tem acesso à quantidade mínima de calorias diárias. E o pior, outros 23 milhões podem literalmente morrer de fome ou por causas provenientes da mesma, como insuficiência de determinados nutrientes no organismo: falta de potássio, proteína, cálcio, entre outros.
É de conhecimento de todos que a África convive com o problema da fome, agora basta saber quais fatores desencadearam as diversas mazelas sociais que essa parte do mundo se sujeita.
Uma das causas da fome está ligada à forma de ocupação do território e a extrema dependência econômica externa, herdada do período do colonialismo. Isso é agravado ainda mais com o acelerado crescimento populacional.

De acordo com as Metas do Milênio estabelecidas em 2000 para até 2015 serem alcançadas, a fome e pobreza deveriam ser diminuídas pela metade, no mundo. No caso da África aumentou e 90 milhões a mais de pessoas estão passando fome no continente, um processo que começou na década de 90 e se explica pela falta de investimento externo prometido, segundo Augustin Fosu. A África Subsaariana é a região onde se constata o maior número de desnutridos e somente 14 países desta área conseguiram reduzir a sua população faminta em 25 por cento. No total cerca de 40 por cento da população regional não recebe alimentação adequada, de acordo com dados do Banco Mundial.

AIDS NA ÁFRICA

O aspecto de uma pessoa infectada com AIDS


A AIDS é vista atualmente como uma ameaça ao continente africano, é uma tragédia sem previsões que assola grande parte dos países, pois diminui suas taxas de natalidade. A AIDS é uma doença contagiosa que pode ser adquirida através de relações sexuais sem uso de preservativos, transfusão de sangue, drogas injetáveis com agulhas usadas. Ainda sem cura, atinge milhões de pessoas na África Subsaariana, o problema é tão grave que de cada cinco mortos um é de decorrência da AIDS. Nos países Zâmbia e África do Sul, cerca de 20% de toda população adulta e jovem encontra-se contaminada com a doença, em Botsuana cerca de 39% da população entre 15 e 49 anos estão com a doença e em Lesoto e Zimbábue o percentual é de 20%, esses números são dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). O governo do Quênia, diante do flagelo provocado pela doença, sugeriu de forma ingênua que a população deixasse de fazer sexo por um período de dois anos. Segundo o governo esse tempo serviria para diminuir a expansão do vírus, já que entre a população de 30 milhões de habitantes 3 milhões estão infectados. O índice de pessoas contaminadas está crescendo, em 2001 aproximadamente 5,3 milhões pessoas contraíram a doença dos quais, segundo a OMS, menos de 1% realizaram o tratamento, o restante provavelmente morre sem saber sequer que tinha a doença.








Nenhum comentário:

Postar um comentário